sábado, 14 de abril de 2012

Os inocentes e loucos anos 1920

 ·        Uma década de prosperidade e liberdade, animada pelo som das jazz-bands e pelo charme das melindrosas - mulheres modernas da época, que frequentavam os salões e traduziam em seu comportamento e modo de vestir o espírito da também chamada Era do Jazz. (Cláudia Garcia)
Entre a loucura e a inocência: Nem só de moças recatadas e caseiras se faz a história dos anos 20. A década é marcante justamente pelo oposto: A inocência continua, mas as mulheres vão as ruas lutar pelo que é delas por direito: A igualdade.
Elegância: Os anos vinte poderiam ter vários adjetivos. Instigantes, maliciosos, comportados, extravagantes. Pois bem, O QUE MAIS DEFINE A ÉPOCA são os ELEGANTES ANOS 1920. As pessoas tinham uma preocupação com a aparência que não é vista nos tempos de hoje. As mulheres passavam horas em frente aos espelhos e os homens, sempre muito bem alinhados. Cabe até fazer um comparativo com os dias de hoje. Ou não.
O jazz. Ah, o jazz. Hoje não podemos negar. Esse ritmo é muito seleto, poucos e com muito bom gosto escutam. Vale pensar sobre. O jazz foi o sucesso musical. O jeito peculiar em que as pessoas dançavam ao som das jazz bands nas festas era descontraído e sem perder a pose.
No movimento modernista, em 1922 vários foram os destaques. Mas os melhores eu deixo pro vídeo que vos apresento mais tarde.
Hollywood era mania. Febre. Todos seguiam o que os filmes diziam que era moda. Todos uma vírgula. Só os que tinham acesso a esse luxo.
A publicidade também tem suas peculiaridades. E não são poucas. Dentre elas podemos destacar que a imagem feminina foi cada vez mais vista. As tipografias quase sempre apareciam serifadas e finas, o que demostra certa elegância ao produto.

Entre Fridas, Olgas e Pagus:

A força da mulher tem nomes: Frida Kahlo é um deles. A pintora mexicana era bissexual e seu marido, Diego Rivera convivia naturalmente com essa imposição. Inclusive aceitava abertamente os relacionamentos de Kahlo com mulheres. Em diversas obras Frida retratava seu amor por Rivera. Bom, isso até descobrir que o dito cujo tinha um caso com sua própria irmã. Ela os flagra na cama e num ato de fúria corta todo o seu cabelo, que era bem grande, de frente ao espelho.  Sua irmã teve 6 filhos com Rivera e mesmo assim, nos anos 40, Frida voltou pros braços do amado. Só que dessa vez com uma condição um tanto curiosa. Construiu uma casa ao lado da de Rivera e uma ponte entre elas. Ou seja, casaram-se de novo mas viviam em casas teoricamente separadas. Tentou suicídio várias vezes até ter sido encontrada morta, após ter contraído pneumonia.  Mas diversas pessoas ainda acreditam que Frida tenha se matado, já que a última frase de seu diário de cabeceira dizia: “Espero que minha partida seja feliz, e espero nunca mais regressar - Frida"
Outro nome que fez história, e que história é Olga Benário Prestes. A jovem militante comunista da Alemanha passou por maus bocados tentando expressar sua opinião. Ela veio para o Brasil e viveu meses clandestinamente. Até que em março de 1936 foram capturados pela polícia. Mesmo grávida, Olga foi deportada para a Alemanha nazista seis meses depois. Entregue à polícia politica alemã, Olga foi enviada para um campo de concentração, onde deu à luz Anita Leocádia Prestes. Após campanha internacional por sua libertação, Anita foi entregue a sua avó paterna. Olga Benário continuou presa e, em 1942, morreu executada pelos nazistas.
Nacionalmente falando, há outro nome, Patrícia Rehder Galvão, ou Pagu. Foi a primeira mulher no país a ser presa por questões políticas. Ao participar da organização de uma greve em Santos, Pagu é presa pela polícia política de Vargas. Era a primeira de uma série de 23 prisões, ao longo da vida. Eis que em 1930, um escândalo para a sociedade conservadora de então: Oswald separa-se de Tarsila e casa-se com Pagu. Especulam-se que já eram amantes. Quando sai da prisão, partiu para uma viagem pelo mundo, deixando no Brasil o marido e o filho. Em 1935 é presa em Paris como comunista estrangeira, com identidade falsa, e é repatriada para o Brasil. Separa-se definitivamente de Oswald, por conta de muitas brigas e ciúmes. Ela retoma sua atividade jornalística, mas é novamente presa e torturada pelas forças da Ditadura, ficando na cadeia por cinco anos. Outra faceta de Pagu é como desenhista e ilustradora. Participou da Revista de Antropofagia, publicada entre 1928 e 1929, entre outras. Recentemente foi publicado o livro Caderno de Croquis de Pagu, com uma coletânea de trabalhos da artista, bem como foi realizada uma exposição de alguns de seus desenhos na Galeria Hermitage.­­­­­­­­­­­­

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Estamos no século XXI, baby!

Essa Iriny Lopes, ministra-chefe da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres não tem mais o qe fazer né?
A ministra pediu ordem judicial pra retirar o comercial da "Hope", a qual Gisele Bundchen estrela;
Tudo por que a julga "ofensiva" e “intima as mulheres brasileiras a fazerem uso da exposição do corpo para amenizar possíveis reações de seus companheiros frente a incidentes do cotidiano.”

E NÃO PAROU POR AÍ:

Ela pediu também ordem judicial pra tirar o quadro "Metrô Zorra Brasil" do ar. O quadro é um grande sucesso do programa. Segundo a ministra estimula o assedio sexual dentro de veículos coletivos.
A última novidade envolvendo ela foi praticamente exigir que se dê outro rumo à personagem de Dira Paes, que apanha do marido em 'Fina Estampa'. Acontece que o tal rumo já havia sido escrito e ela só fez chegar atrasada pra reclamar.

TANTA COISA SÉRIA PRAS AUTORIDADES RESOLVEREM E ALGUNS PERDENDO SEU TEMPO COM "CENSURA"
 A CHARGE É DO AMARILDO, DA FOLHA ONLINE.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

As hilárias perseguições que deixam qualquer um em "Pânico"

Hoje, logo cedo já me vieram umas duas pessoas perguntar se eu havia visto ontem à noite o Pânico na TV, da Rede TV! Minha resposta, clara e objetiva foi NÃO, mas confesso que fiquei meio curioso pra saber do que se tratava esse burburinho.
Corri pra casa, e fui saber que todo o bafafá se tratava de uma campanha na qual o programa - engraçadíssimo - de certa forma difama o apresentador e jornalista, Zeca Camargo com uma tag denominada #cinturinhadozeca no Twitter.
 Não achei a menor graça da piada. Se alguem achou, provavelmente foi um adolescente de 15/16 anos, que tem um cérebro tão pequeno quanto uma ervilha e tão ativo quanto uma tartaruga.
Além do mais, essa sede do tal programa pra correr atrás de audiência é algo muito notório e, com o perdão da palavra, ridículo.
Fazer piada tendo como base a difamação, é comparável ao bulling praticado nas escolas, curiosamente, maior parte cometidos pelos adolescentes,o público alvo deles, que também são maioria nas redes sociais, o que ajuda a propagar as ideias de girico do humor ridículo do programa.
Claro que toda regra tem sua excessão e que nem todos os adolescentes - eu inclusive - assistem ao programa e/ou concorda com esse tipo de brincadeira e é muito válido "filtrar" as informações que os variados meios de comunicação nos passa, pois esse tipo de atitude, em minha opinião, pode interfirir diretamente na formação de alguém.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Regressão e violência

Dia após dia, semana após semana; Nada muda.
É assim que eu me sinto ao abrir a página de notícias pela manhã. As tais notícias são sempre as mesmas, com personagens diferentes. Até quando teremos que assistir calados a histórias crueis e desumanas?
A última "novidade" aqui em Belo Horizonte foi a agressão a um jovem homossexual numa famosa praça da região centro-sul da cidade. Segundo o portal G1, um menor de 17 anos e um rapaz de 23 anos confessaram te-lo agredido por causa de sua condição sexual.
O que me deixa um tanto quanto chateado não é fato do cara ser vítima de preconceito e sim por que a Praça da Liberdade tá virando palco de agressões desse tipo. E a polícia, que fica bem ao lado só chegar depois da agressão, ainda mais sabendo que poucos dias antes, um caso parecido tinha ocorrido no mesmo local.
Eu particularmente conheço alguns casos de agressões a amigos meus e o que sempre digo a quem passa por isso é pra não deixar de denunciar, mas o que preocupa é:
O QUE A POLÍCIA MILITAR VAI FAZER PRA AJUDAR O AGREDIDO, SE NEM PARA PREVINIR O ÓBVIO ELES SÃO CAPAZES?

sábado, 27 de agosto de 2011

Vida privada

Uma coisa que tira qualquer um do sério é quando alguém está querendo saber um pouco mais do que ela deve sobre você, é como aquela antiga frase “Deus fez a vida pra cada um cuidar da sua”.
Uma estudante americana teve seu celular confiscado pela escola, que bisbilhotou as fotos do aparelho e o entregou à justiça por conter imagens de pessoas nuas, isso porque o celular estava sendo usado dentro de sala de aula, violando assim as regras do instituto.
Mas eu fico me perguntando onde a ética das pessoas vão parar. Sim, porque apesar da aluna estar errada, e eu não nego isso, é um absurdo por parte da escola bisbilhotar coisas intimas da menina.
“Essas fotos eram extremamente privadas e não eram para ser vistas por mais ninguém. O que eles fizeram foi o equivalente a me espionar pela janela do quarto” – ALUNA

Moderno ou tradicional?

A modernidade prova que está avançando cada vez mais. Com novos produtos que chegam ao mercado todos os anos, ela ainda surpreende. Uma das coisas que vem “bombando” em vendas no exterior é o LIVRO ELETRÔNICO, com um formato super inovador, permite armazenar vários livros em um só produto. Inovador e interessante pra quem lê, sem contar que estimula a cultura das pessoas, mas não se engane, há um lado ruim nisso: Com a chegada do livro no Brasil, acredita-se que a pirataria vai invadir o ramo das letras e vários sites vão oferecer ilegalmente as obras para download. Um verdadeiro desrespeito para as editoras, livrarias e escritores, que têm um custo para publicar o livro e não terão um retorno tão significativo quanto antes.
Livro eletronico
Por outro lado, temos os tradicionais leitores que preferem os livros como eles sempre foram. Aliás, o velho costume de ler tomará rumos diferentes e o dia a dia das pessoas que possuírem esse tipo de aparelho também. Prático e maleável, cabe até uma biblioteca dentro do livro eletrônico, contudo, uma série de profissionais poderão ficar prejudicados.
E você, é a favor da tecnologia de ter vários livros e que todos eles caibam juntos na palma da mão ou é a favor do modo tradicional e do velho jeito de viajar no mundo dos sonhos?

Causo caipira

Acordar as seis não é problema pra’queles que levam a vida com prazer e tanta simplicidade. Dá gosto de ver. O sorriso estampado na cara, mesmo sabendo que o dia será longo. O cheiro do café fresquinho passado na hora rendia suspiros de quem estava parado na porta apreciando o nascer do sol. A vida era aquilo ali: O galo cantava e o dia nascia acompanhando a orquestra da terra, de muito longe já se ouvia os galopes, eram outros que, na mesma situação, acordavam cedo pra trabalhar na roça, ou seria “trabaiá na roça”. Indefinível: Prazer de viver e vontade de vencer, mas sem sair daquela rotina pacata, porém feliz. Incomparável: Quem em sã consciência trocaria essa vida “chapéu de palha” por uma vida “terno e gravata”, cheia de dores de cabeça e tomada pelo estresse? Pensar nisso já trazia até certa paz de espírito, já que nos meios urbanos, as pessoas se consideram mais humanas, mas na verdade, não vivem tão intensamente, “humanamente”. Chega a ser irônico não?
Cheiro de broa de fubá e biscoito de polvilho, só aquilo já fazia ganhar o dia. O café da manhã era marcado, hora de comunhão com a família. Trocar problemas, conflitos, se é que aquela vida poderia render conflito. Saindo de casa, o sol já estava raiando, parece que até no sol tem diferença, ele nasce mais alegre, mais vivo apesar de ser exaustivo pra quem passava o dia sob o escaldante dilema de vossa senhoria. A mão rapidamente á passava pela testa, já ensopada de suor. Isso não era problema, porque brasileiro que é brasileiro faz piada até daquelas situações que para o resto do mundo seria “The End”.
O almoço no meio do meio do mato era trazido pela filha com largo sorriso que desejava bom apetite, o que para os urbanos é quase surreal atitude como essa. O dia continua passando e na vida vai se pensando, um filme vai passando, e de longe sonhando, de perto rezando pra que a simplicidade seja um ponto a mais. Seja uma prioridade. Pra que as pessoas pudessem dar valor aos mínimos detalhes da vida.